
- Volte Oscar! Não seja assim tão pretensioso. Enquanto eu mesma, me divirto completando marcas em meu corpo.
- Não é questão de pretensão, Marina! É questão de aceitar as coisas como são.
- Eu não entendo...
- É claro que você não entende, você ainda acredita que um dia preencherei as suas marcas, marcas de corpo.
- O que você quer afinal? Um pedaço da minha alma?
- Não, apenas não quero o seu corpo.
- Mas, você não me deseja? Não me considera atraente Oscar?
- Considero, mas não da forma que você quer.
- Você é impossível! O que eu deveria fazer pra mudar essa sua... visão de mim?
- Nada, apenas... Não jogue as coisas em minha cara, como se eu não tivesse o mínimo de sutileza para perceber, não explicite as coisas demais, Marina, assim você me deixa louco!
- Mas eu estou cansada de esperar! De esperar por você, ao menos me de algum prazo, ou alguma promessa, qualquer coisa que não me deixe desistir de você.
- Suas atitudes falam por si só, se ao menos você se desse ao trabalho de prestar atenção a nossa volta, perceberia. Eu não posso e nem quero lhe fazer promessas.
- Oscar, não me deixe sozinha outra vez! Me de apenas esta noite, é tudo que lhe peço... E quando você voltar, tenha certeza que estarei esperando, do mesmo jeito que você me deixou.
- Eu bem que gostaria Marina... Bem que gostaria.
Disse Oscar, fechando a porta do quarto de hotel em que se encontrava hospedado, com a mochila nas costas e suas botas de combate.
- Desculpe querida, mas sinto que não vou voltar pra casa.
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