sábado, 27 de outubro de 2012

Naive.

Naive-The kooks


Eu não estou dizendo que isto foi sua culpa
Embora você pudesse ter feito mais

Oh, você era tão ingênuo ainda

Como isso pode ter sido feito?
Seu sorriso tão apaixonante
Oh, e o seu rosto tão bonito e doce
De um jeito tão feio
Algo tão belo
Que toda vez que eu olho pra dentro...

Você sabe que eu sei que ele não gosta de perguntar
Verdadeiro ou falso, pode ser
Ele ainda está ai para me pegar

Uma coisa tão horrivel
Alguém tão bonito
E toda vez que você está ao lado dele...

Só não me decepcione
Só não me decepcione
Segure a sua pipa
Só não me decepcione.



quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Zero.



A chuva para e eu estou sozinha, o reflexo na janela não me deixa esquecer.
Percorro os dedos sobre o vidro gélido, olhando a rua deserta onde só há o silêncio e nada mais.
Entre um suspiro e um pensamento longo, pego o meu casaco e saio pela porta. Não, eu não tenho um compromisso.
Apenas não consigo ficar parada, sabendo o que posso encontrar na rua de trás, se tiver sorte.
Sigo um rumo programado, contando os passos, enquanto desvio das poças; Porque você não está aqui agora?
Paro no meio da rua, olho para os dois lados, vazio. Tenho a impressão de que tudo se alarga aos poucos e que lentamente vou sendo sugada, encurralada em um beco sem fim. Meu coração aperta; Será que você pode me ver agora?
Continuo caminhando na esperança de te ver... Nem que seja sua sombra ou um simples vislumbre, a cor da sua camiseta.. Qualquer coisa que me de a certeza de que você está por perto. Eu sei que está.
Como naquelas frias madrugadas em que você tocava a campainha e antes mesmo que eu pudesse atender, já tinha ido. Como nas vezes em que passava devagar, olhando, sem saber que eu também te observava com um sorriso nos lábios.
Em meio a delírios tolos, volto pra casa lentamente.. Lembrando que a vida não é um filme. Aquele filme que você me prometeu e eu recusei, mas que agora eu quero mais do que tudo.
Eu sempre quis;

domingo, 2 de setembro de 2012

Ressaca.



E de repente tudo para,e é como se uma nuvem densa e pesada insistisse em se arrastar..
azul.
tudo é azul.
as cores se misturam,evaporam,os sentidos se ofuscam..a razão se vai.
buscar sorrisos em outros lábios,entrar no ritmo sem querer...perder-se no meio do tumulto,desistir de pensar.
como se o normal fosse ingênuo e o louco fosse vital.
intensificando cada segundo,aumentando a freqüência. e se na verdade, o meu remédio for também o meu maior veneno?
que quando não administrado nas doses certas,faça mais mal do que bem.
se a necessidade de ter algo não for tão grande quanto a vontade de demonstrar.
nas inúmeras vezes em que não entendo o que sinto,nas vezes em que erro em decifrar o seu olhar.
nas vezes em que ele não mostra exatamente nada,mostrando tudo.
tentando encontrar uma nota frágil em uma sinfonia perfeita.......como se fosse errado,não ter erro algum.
e ao mesmo tempo que cada nervo do meu corpo vibra,não parece ser real.
falsidade. palavras baratas demais. gestos vagos.
por que só quando estamos a sós,as coisas parecem bem? não.
não. normalmente eu não suportaria isso. mas agora..o que há pra perder?
não há promessas,nem continuidade. tudo o que temos é o passado,sem perspectiva de futuro.
essa conformidade que me acalma aos poucos e me deixa no mesmo ponto de partida..
satisfação.

domingo, 19 de agosto de 2012

Fragmentos.


Me deixe só,me deixe sua,me deixe coberta,me deixe nua.
Desapareça,me enlouqueça.
Roube de mim meu bom senso; Não me de explicações,me de motivos.
Como um navio no mar a deriva,como a espuma que tem o seu gosto.
Como o barulho das ondas em minha mente,o seu sorriso.
É a tempestade que chega sem aviso,desmorando os poucos minutos que nos restam.
Revelando o oposto.
O oposto que há em mim,o oposto que há em você.
O oposto de tudo que era pra ser.
O nosso oposto inexplicável,o nosso oposto de querer.

facts

Quem disse que mentir era feio, não conhecia a verdade. A verdade que é feia;
A verdade mostra tudo aquilo que não queremos ver, que negamos que exista.
Para que ferir com palavras duras, uma história de amor tão bonita?

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

recapitulando.

E a verdade é que eu sinto falta.
Falta das pessoas que foram verdadeiras comigo,das que olharam através dos meus olhos e que me apoiaram antes mesmo de eu cometer meus atos/erros.
Aquelas pessoas em que até o meu silêncio significava algo,mesmo que eu negasse.
Aqueles sorrisos cujo a curiosidade incendiava e saciava na ponta da lingua..que descobria os vicios com um arquear de sombrancelhas. Que do mais malicioso sorriso até o mais puro,refletia-se um certo magnetismo.
Como se meu corpo se guiasse sozinho e minha mente apenas acompanhasse.
De repente as imagens se misturavam e ficavam confusas,e eu não conseguia enxergar nada além de um palmo à minha frente. A doce e amarga lembrança das palavras ditas.
O único lugar onde as máscaras realmente caem, não é o seu lugar preferido.
A vaidade roubou teu senso,muito antes do egoísmo; meu pequeno Narciso.
Se você se afogar.. eu não irei te salvar.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

gunslinger .


- Volte Oscar! Não seja assim tão pretensioso. Enquanto eu mesma, me divirto completando marcas em meu corpo.

- Não é questão de pretensão, Marina! É questão de aceitar as coisas como são.

- Eu não entendo...

- É claro que você não entende, você ainda acredita que um dia preencherei as suas marcas, marcas de corpo.

- O que você quer afinal? Um pedaço da minha alma?

- Não, apenas não quero o seu corpo.

- Mas, você não me deseja? Não me considera atraente Oscar?

- Considero, mas não da forma que você quer.

- Você é impossível! O que eu deveria fazer pra mudar essa sua... visão de mim?

- Nada, apenas... Não jogue as coisas em minha cara, como se eu não tivesse o mínimo de sutileza para perceber, não explicite as coisas demais, Marina, assim você me deixa louco!

- Mas eu estou cansada de esperar! De esperar por você, ao menos me de algum prazo, ou alguma promessa, qualquer coisa que não me deixe desistir de você.

- Suas atitudes falam por si só, se ao menos você se desse ao trabalho de prestar atenção a nossa volta, perceberia. Eu não posso e nem quero lhe fazer promessas.

- Oscar, não me deixe sozinha outra vez! Me de apenas esta noite, é tudo que lhe peço... E quando você voltar, tenha certeza que estarei esperando, do mesmo jeito que você me deixou.

- Eu bem que gostaria Marina... Bem que gostaria.
Disse Oscar, fechando a porta do quarto de hotel em que se encontrava hospedado, com a mochila nas costas e suas botas de combate.

- Desculpe querida, mas sinto que não vou voltar pra casa.